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Vendas de automóveis e comerciais leves encerram o mês de abril com 7% de crescimento

Por: Marcelo Cavalcante de Lima

As vendas de automóveis e comerciais leves encerram o mês de abril com 197.030 unidades, ficando 7% acima do realizado no mês de março e 5,31% abaixo do realizado no mesmo no mesmo período do ano anterior.

Como os meses tem dias úteis diferentes outra forma de analisarmos é pela média diária, em abril a média diárias de vendas foi de 9.852 unidades, esse volume diário representou um crescimento de apenas 1,66% em comparação com o mês anterior, na comparação com abril de 2024 o crescimento da média foi de 4,16%.

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As vendas acumuladas no 1.º quadrimestre foram de 714.758 unidades, registrando um crescimento de 3,38% em relação ao ano de 2024, quando comparamos com o ciclo pré pandemia o setor recua 10,80% ficando inclusive abaixo do realizado no ano de 2018.

As vendas de veículos importados vão encerrar o quadrimestre com uma participação acima de 20%, se o ritmo for mantido vamos fechar o ano com mais de 530 mil veículos importados, para efeito de comparação em 2019 a participação dos importados foi de 11% com um volume de 294.541 unidades.

O varejo encerrou o quadrimestre com uma participação acumulada de 52,42% com um volume total de 374.644 unidades, registrando uma queda de 0,86% ante o ano anterior.

O atacado (vendas diretas) bancou o crescimento do setor nesse primeiro quadrimestre, suas vendas registraram um crescimento de 8,50%, com uma participação de 47,58%, seu volume total foi de 340.114 veículos.

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Ao contrário do ano anterior, onde o varejo só foi superado pelas vendas diretas no último trimestre, nesse exercício o segundo bimestre teve uma maior participação do atacado, se compararmos as vendas do varejo do mês de abril com o mesmo período do ano anterior, o varejo recuou 10%.

Parte das dificuldades do varejo podem serem creditados as próprias montadoras, que diante de um mercado com uma expectativa de crescimento moderado, seguem focando seus esforços em preservar margem, lançando produtos em uma faixa de preço onde menos é mais.

Obviamente a perda do poder aquisitivo somado ao crescimento das taxas de juros seguem sendo um grande desafio para toda a cadeia produtiva, muitos consumidores migraram para veículos usados e outros para o setor duas rodas, retornar esses clientes para as concessionárias leva tempo e exige muita estratégia.

Diante do cenário atual o crescimento das vendas do atacado é muito bem recebido, sendo inclusive parte da estratégia de quase todas as montadoras, o concessionário perde uma parte de sua margem, mas em contra partida necessita de menos caixa para bancar seus estoques. Outro fator que também justifica esse crescimento das vendas diretas, são as mudanças de hábitos no pós pandemia, o carro por aplicativo ganhou mais espaço em nosso dia a dia.

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As vendas de novas energias seguem em alta, os dados prévios apontam um volume em abril recorde de 19.848 unidades, anotando um crescimento no mês de 10.50%, no acumulado do ano já foram vendidos 70.563 unidades, o que representa um crescimento de 37,61%.

Os veículos PLUG-IN lideraram as vendas no 1.º quadrimestre, em abril essa tecnologia vendeu 7.775 unidades, crescendo 13,92% ante o mês anterior, no ano já foram entregues 26.881 veículos, o que representa um crescimento de 94% ante o ano anterior. Os entrantes chineses são garantem boa parte desse volume e não para de chegar novidades.

Os modelos 100% elétricos patinaram no primeiro quadrimestre, foram vendidos em abril 4.704 unidades e no acumulado do ano 17.676, o que representa uma queda de 15%, parte dos novos consumidores dos modelos elétricos estão migrando para as opções híbridas, principalmente as plug-in.

Os híbridos leves cresceram somente em abril 43%, no acumulado já foram vendidos 16.496 unidades, representando um crescimento de 198% e os híbridos puros que já lideram as vendas ficaram na 4.ª opção com 9.510 unidades vendidas, recuando 13,47%.

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ANÁLISE DE VENDAS POR MARCAS

Agora chegou aquela a de ver o desempenho do setor por marcas, analisando volume de vendas, participação de mercado, a estratégia individual de varejo e atacado e a comparação dos resultados do mês com o ano anterior e com o ciclo pré pandemia.

Algumas marcas tiveram um excelente desempenho no 1.º quadrimestre, enquanto outras já ligaram o alerta, essa é a dinâmica do mercado. O setor segue em seu processo de recuperação, entre as dez marcas mais vendidas 8 apresentaram um volume de vendas abaixo do realizado no pré pandemia. Os mais de 120 milhões em investimentos a serem realizados demonstram a capacidade de reação, mas o setor está ciente das dificultadas a serem enfrentas, nossa torcida é para que todos consigam atingir seus objetivos.

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A Fiat encerrou o quadrimestre com chave de ouro, suas vendas em abril foram de 42.907 unidades, no acumulado a marca já vendeu 153.494 veículos, registrando um crescimento de 6,88% ante o ano anterior, quando comparado com o ciclo pré pandemia a marca avança 40,81%, Sua carteira de vendas do mês foi concentrada 65,90% na modalidade de vendas diretas e o varejo representou 34,10%. Sua participação de mercado foi de 21,47%, registrando um crescimento de 3,39% o que representa um ganho de Market Share de 0,70%.

A VW fechou na segunda posição, suas vendas de abril foram de 32.306 unidades, no acumulado do ano a marca já vendeu 111.130 veículos, registrando um crescimento de 0,79% ante o ano anterior, quando comparado com o ciclo pré pandemia a VW recua 3,49%. Sua carteira de vendas do mês foi concentrada 61,29% na modalidade de vendas diretas e o varejo teve uma participação de 38,71%. Sua participação de mercado foi de 15,55%, registrando uma queda de 2,51% o que representa uma perda de Market Share de 0,40%.

A GM fecha o trio do quadrimestre, suas vendas do mês de abril foram de 20.520 unidades, no acumulado do ano a marca vendeu 76.328 veículos, registrando uma queda de 12% ante o ano anterior, na comparação com o período pré pandemia a GM recua 47,14%.

A Hyundai foi a marca de volume que apresentou maior crescimento nas vendas de abril, ficando com a 4.ª posição do mês, seu crescimento foi de 30,51% com vendas de 16.615 veículos.

A BYD ficou com a oitava posição do mês, no acumulado a marca já vendeu 30.156 unidades já sendo a 9.ª marca mais vendida. Seria ótimo que parte desses veículos fossem fabricados no Brasil, segundo promessas da marca a produção nacional deve iniciar no segundo semestre.

No segmento Premium a BMW segue na liderança, suas vendas acumuladas são de 4.886 veículos, o melhor resultado da história da marca no Brasil no 1.º quadrimestre, se o ritmo for mantido ele encerrar o ano com recorde de vendas no Brasil.

Na segunda posição das marcas Premium está a Volvo, suas vendas registraram um crescimento no quadrimestre de 41,27% ante o ano anterior, a marca caminha também para um recorde de vendas no Brasil.

Fecha o trio dos Premium a Mercedes Benz, com vendas acumuladas de 2.524 unidades, nesse número não está inclusa os 881 comerciais leves modelo Sprinter. Seu crescimento no quadrimestre foi de 42% ante o ano anterior.

RANKING DE MODELOS

O VW/Polo encerrou o mês de abril na liderança com 10.932 unidades, no acumulado do ano ele está na segunda posição com 32.913 entregas, volume 17,34% abaixo do realizado em 2024. Sua carteira de vendas foi concentrada 56% no varejo e 44% na modalidade de vendas diretas.

A segunda posição de abril foi da Fiat/Strada com 10.076 unidades, no acumulado ela segue líder com 38.077 entregas, avançando 3,41% ante o ano anterior. Sua carteira de vendas foi concentrada 64,40% na modalidade de vendas diretas e 35,60% no varejo.

O Fiat/Argo ficou com a terceira posição do mês e do quadrimestre, com vendas totais de 28.168 unidades, volume 5,69% acima do ano anterior.

O modelo mais vendido no primeiro quadrimestre na modalidade do varejo foi o Hyundai/Creta e o modelo mais vendido nas vendas diretas foi a Fiat/Strada.

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